Pesquisa mostra consumidor de imóveis em 2040

Adquirir um imóvel 100% pela internet está cada vez mais perto de se tornar realidade. É o que mostra a pesquisa “Comportamento do consumidor de imóveis em 2040”, realizada pelo Deloitte, a pedido da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias). O levantamento mostrou que as plataformas de venda irão absorver a Inteligência Artificial em seus processos de automação. Isto fará delas mais confiáveis e menos burocráticas.

A pesquisa mostra também que, em 2040, mais de 50% dos consumidores poderão abrir mão do corretor no processo de compra dos imóveis. A projeção é de que 40% das compras de residência poderão ser realizadas integralmente pela internet. Os sites e plataformas digitais deverão oferecer ao consumidor mais acesso a informação, e facilitar comparações entre as opções através de vídeos do imóvel e da região. Também apresentarão indicadores sociais locais e oferta de serviços próximos ao imóvel.

O economista-chefe da Deloitte, e coordenador do estudo, Giovanni Cordeiro, tem opinião formada. Para ele, “a perspectiva é de que, em 2040, em uma sociedade mais plural e dinâmica, o foco será a busca de comodidade e facilidade no dia a dia do consumidor. Para isso, serão necessárias soluções mais personalizáveis, customizáveis, flexíveis e adaptáveis.”

Tecnologia e ética

A pesquisa revelou também que a ética nos negócios será cada vez mais valorizada no mercado imobiliário. Assim, alguns processos como análise de crédito, verificação de documentos e fechamento de contratos passarão a ser feitos digitalmente. Para tanto, as plataformas virtuais deverão oferecer mais segurança e credibilidade.

E para adquirir um imóvel, o futuro comprador não vai tolerar a burocracia para obter financiamento, ou a falta de transparência no processo de compra, ou ainda, a imagem negativa da construtora/incorporadora.

Na capital paulista, já é possível reduzir de quatro para um dia o processo de locação que vai da demonstração do imóvel ao fechamento do negócio. A meta, agora, é diminuir o prazo para a compra e venda das unidades.