Afinal de contas, de quanto espaço nós realmente precisamos para viver, de quanto espaço você precisa para viver?
Esse é um tema que a Arquitetura vem tratando desde o começo do século passado. A arquitetura dita moderna – e suas vertentes – apresentou diversas soluções quando abordou o tema Habitação. Diversos arquitetos desenvolveram soluções de habitação coletiva. Aqui no Brasil, Affonso Eduardo Reidy (Conjunto Pedregulho – 1947), Oscar Niemeyer (Edifício Copan – 1954), Vilanova Artigas (Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado – 1967) são alguns exemplos de arquitetos renomados que desenvolveram projetos nesta área, em que o espaço mínimo era um desafio sempre presente.
Nesta época, o espaço mínimo era um conceito limitado pelo mobiliário convencional, sempre disposto e disponível no espaço, em diferentes ambientes. Hoje, o mobiliário amplia as possibilidades de uso do espaço, transforma-o em diferentes ambientes, torna-o mutável devido à inovação tecnológica conseguida nos segmentos de marcenaria e de eletrodomésticos. Um mesmo espaço se transforma e ganha diferentes usos.
São tantas as possibilidades que nos vemos livres para responder à pergunta inicial de diversas maneiras. Um mesmo e compacto espaço pode abrigar seis diferentes ambientes, por exemplo, todos eles bem resolvidos, embora nem todos possam se apresentar disponíveis para o uso ao mesmo tempo.
Um exemplo desse novo conceito é a casa projetada pelo fotógrafo espanhol Christian Schallert. Essa casa é algo que vai lhe ajudar a refletir a respeito. Seu projeto foi inspirado em pequenos barcos, em que os recursos disponíveis ficam escondidos. Além disso, alguns elementos da cultura japonesa também serviram de referência. Este é um projeto que revoluciona o conceito de um apartamento de 24 metros quadrados. Ele pode parecer pequeno, mas ganha novas e incríveis possibilidades.