Cena 1:
Minha mulher volta do supermercado com as compras que levaremos a nosso chalé nas montanhas do Vale do Paraíba. Comentário: “Olha que diferente essa garrafa de água”.
Fiquei surpreso com a forma e com a cor. Não conhecia.
Na volta a São Paulo a linda garrafa não estava no porta-malas junto às embalagens recicláveis. Ficou guardada no porão, afinal tinha bom potencial.
Cena 2:
Estou na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo comprando tecido para fazer almofadas e me deparo com uns pingentes azuis de seda.
Associação direta – Azul – pingente – azul – garrafa. Bingo!
Na Ladeira Porto Geral, ao lado da Rua 25 de Março, compro umas contas de plástico e enfeito com elas os cordões de seda.
Cena 3:
Durante a indefectível caipirinha na varanda, antes do almoço, corto o gargalo e uma das laterais da garrafa, faço furos na parte de baixo para prender os pingentes e surge a luminária para cobrir a lâmpada da parede.
Cai (ou sobe) o pano:
Com as sobras dos tecidos das almofadas (chita) cobri outras garrafas plásticas mais simples e coloquei mais luminárias pela casa.
Décio Navarro, designer de interiores e colunista Arquitecasa