Organizar a casa para evitar contaminação

A área de transição deve estar bem definida e com apoio para higienização álcool em gel, álcool líquido 70% ou água e sábão

O Grupo de Estudos em Arquitetura e Engenharia Hospitalar (GEA-HOSP), da Universidade Federal da Bahia, criou um manual com orientações para a adoção de rotinas em casa para o controle de contágio da Covid-19. O grupo da Faculdade de Arquitetura da UFBA tomou como base as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O objetivo da cartilha é mostrar como se deve organizar o espaço residencial para diminuir as possibilidades de contaminação”, disse o coordenador do grupo, Professor Antônio Pedro de Carvalho. Ele destaca a importância de reduzir a velocidade de disseminação do novo coronavírus. O objetivo é evitar o colapso do sistema de saúde e ajudar a salvar vidas. O manual adapta práticas comuns da arquitetura hospitalar para o enfrentamento da doença dentro das residências.

Ainda de acordo com o professor, o material produzido também leva em consideração a legislação específica que trata do assunto. Um exemplo é a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – RDC nº. 50/2020. Esta resolução dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

O manual destaca pontos importantes como a necessidade de criar barreiras físicas em ambientes de isolamento, e áreas para limpeza e desinfecção. A ideia é ter uma área de transição entre a rua, considerado como um ambiente potencialmente contaminado, e a casa, considerada durante a epidemia como uma área vulnerável, que deve ser preservada do contato com o vírus.