Robô usa resíduos para alimentar células de combustível e realizar atividades.
Pesquisadores do Bristol Robotics, laboratório localizado no Reino Unido, acabam de desenvolver o Ecobot-III. O robô tem um ‘intestino sintético’ e uma predileção esquisita: o esgoto, o lixo. Isso mesmo: o equipamento, desenvolvido ao longo de três anos, precisa de resíduos para alimentar suas células de combustível e realizar suas atividades. A diferença entre o Ecobot-III e os protótipos semelhantes é que ele seleciona os dejetos de maneira autônoma. O Ecobot-III também limpa o próprio intestino a cada 24 horas, eliminando os dejetos em uma câmara de resíduos especiais.
Devido à natureza desafiadora do projeto, os pesquisadores usaram uma tecnologia da prototipagem rápida. O resultado foi um robô de estrutura leve e robusta, de design exclusivo, que compreende várias peças. Estes componentes consistem na ingestão, digestão artificial e mecanismo de eliminação de resíduos sólidos. Além disso, devido à escassez de energia, a equipe foi obrigada a desenvolver circuitos eletrônicos de baixa potência para operar o robô.
De acordo com o cientista-chefe do grupo, Ioannis Ieropoulos, o invento poderá, no futuro, diminuir a carga de resíduos atirados nos rios e lagos do planeta.