Ao contrário dos painéis tradicionais, não é necessário aplicá-los no telhado das edificações para que sejam capazes de coletar a luz solar, adequadamente. A nova tecnologia de painéis solares permite fixá-los em planos verticais, o que aumenta a área utilizada para a instalação. Isso porque o novo material é extremamente leve e flexível. Pesa cerca de meio quilo por m2, enquanto o tradicional pesa de 10 a 15 quilos por m2.
A tecnologia está sendo desenvolvida pelas empresas Heliatek e RECKLI. A primeira é desenvolvedora de tecnologia de ponta de energia solar fotovoltaica. Já a segunda é especializada em moldes flexíveis para fachadas de edifícios de concreto.
“Hoje, paredes verticais raramente são usadas para a coleta de energia solar, apesar do fato de que as paredes de edifícios oferecem uma área de instalação muito maior do que a dos telhados, que são o foco das instalações atuais”, comentou Thibaud Le Séguillon, diretor executivo da Heliatek.
Outro benefício em relação aos painéis tradicionais é que os novos são capazes de coletar luz solar indireta ou em dias nublados. Os clássicos necessitam receber raios solares diretos para captar a luz.
Mas uma das maiores vantagens da nova tecnologia é a sua composição feita a partir de materiais muito mais ecológicos do que a tecnologia clássica. Os novos painéis são constituídos quase que exclusivamente de PET, o que, além de oferecer leveza e flexibilidade, também diminui a poluição e a pegada de carbono da produção do painel.
Apesar dos grandes benefícios já avaliados, a Heliatek afirmou que ainda está fazendo testes com a tecnologia e deve ter dados preliminares da aplicação dos novos painéis em fachadas entre 6 e 12 meses. A entrada no mercado será efetivada apenas depois que as avaliações das instalações de teste forem realizadas. A promessa é que os custos de instalação sejam competitivos com os atuais.
Fernando Beltrame, colunista Arquitecasa e diretor da Eccaplan