O Futuro da Moradia
No decorrer dos anos, muitos imaginaram um futuro em que as casas seriam administradas por robôs e as tarefas cotidianas seriam automatizadas, proporcionando mais praticidade e conforto. Embora ainda não estejamos vivendo exatamente como nos desenhos animados de “Os Jetsons”, as expectativas por casas totalmente automatizadas continuam crescendo entre os brasileiros.
Uma pesquisa recente realizada pela Hibou, especializada em monitorar hábitos de consumo e o mercado atual, revelou as expectativas da população brasileira em relação às casas em que estaremos vivendo daqui a dez anos. O estudo intitulado “Casa do Futuro” ouviu 2.398 pessoas em julho deste ano, e traz insights interessantes sobre as tendências do setor.
Casa Inteligente e Tecnológica
Para o ano de 2031, a maioria dos entrevistados (89,2%) espera poder conectar e carregar seus dispositivos eletrônicos sem a necessidade de fios, contando com o desenvolvimento da indução eletromagnética e sistemas Wi-Fi. Além disso, 75,1% dos participantes esperam contar com pisos antiderrapantes para reduzir riscos de queda.
A automação de luzes e cortinas é desejada por 45,2% dos entrevistados, enquanto 24,8% esperam ter um assistente de voz para auxiliar no controle da casa e realizar tarefas cotidianas. A demanda por tomadas para carros elétricos também é significativa, com cerca de 22% dos entrevistados esperando vê-las em suas casas nos próximos dez anos.
De acordo com Ligia Mello, responsável pela pesquisa e sócia da Hibou, a pesquisa revela mudanças de comportamento e consumo interessantes. Ela destaca que os brasileiros estão buscando simplicidade, conforto e segurança em suas residências. A casa do futuro combina o aconchego de um lar sustentável com as tendências tecnológicas que em breve farão parte da maioria dos lares do Brasil.
Espaços para Diversão e Praticidade
A pesquisa também revela que 81,3% dos entrevistados desejam ter mais espaço para que as crianças e os animais de estimação possam brincar. Em geral, todos estão em busca de casas mais práticas, o que pode ser facilmente explicado pelos meses de isolamento social que vivenciamos.
A maioria dos participantes do estudo também demonstrou o desejo por soluções que facilitem a limpeza e proporcionem maior comodidade ao receber amigos e familiares. O aumento da circulação de ar, a iluminação natural, um cômodo dedicado ao home office e espaços para armazenar itens pouco utilizados no dia a dia são algumas das demandas expressas.
Além disso, muitos desejam ter uma área próxima à porta de entrada para higienização. Sacolas, bolsas e sapatos vindos da rua são o foco , oque reflete uma preocupação crescente em decorrência da pandemia. Ligia destaca que o período de isolamento fez com que os brasileiros fizessem descobertas importantes sobre suas casas. A propagação de ruídos para a vizinhança, por exemplo, causa conflitos, especialmente para quem está em regime de home office.
Outras características esperadas para as casas do futuro incluem isolamento acústico mais eficiente, melhor conforto térmico, paredes que sujam menos e são mais fáceis de limpar.
A pesquisa também traçou o perfil dos entrevistados, sendo que 56,3% deles moram em residências próprias, enquanto 23% vivem em casas alugadas. Cerca de 40% afirmaram não ter planos de adquirir um imóvel, mas 9,3% pretendem fazer esse investimento nos próximos doze meses.
As tendências de automação residencial e inovações para casas no Brasil estão moldando o futuro da moradia. Acompanhe as mudanças no setor e prepare-se para uma nova era de conforto, praticidade e tecnologia em sua casa.