Quem mora ou trabalha nos arredores do Parque Mário Covas, na Avenida Paulista, em São Paulo, levou um susto. Um macaco azul, gigante, refestelado sobre a grama, de sandálias? Sim, era mesmo um macaco azul, gigante, refestelado sobre a grama, de sandálias. A obra inflável Fat Monkey, do artista holandês Florentijn Hofman, fez o paulistano literalmente parar, deixando de lado a habitual pressa.
Em visita ao País, Hofman optou pelo macaco – e não por patos ou robôs, como fez em outras grandes capitais do mundo. Ele entende que a frenética capital paulista mais se assemelha a uma fera que ruge, impossível de ser domada. A intenção de Hofman, como sempre, foi proporcionar uma reflexão sobre a flexibilidade que a população precisa ter para viver em uma grande cidade. Neste caso, em São Paulo – segundo o holandês, uma região em que o requisito fundamental para se morar é “saber se adaptar”. O macaco ganhou cores vivas porque estava cravado de chinelos (muito bem patrocinados).