Durante os anos 1960, após a 2ª Guerra Mundial, houve na Europa um abandono dos velhos centros históricos. Surgiam construções de novos e modernos quarteirões, longe das cidades antigas e abandonadas.
Nos anos 1980, porém, houve uma conscientização da perda dos grandes monumentos e a necessidade de recuperá-los. Jovens começaram a estudar as antigas técnicas do passado, construtores iniciaram o restauro de antigos centros históricos e, assim, surgiu a filosofia de conservação.
Luca Rubini, residente em Modena, se interessou muito por essa grande tentativa de salvar parte da história europeia. E dedicou-se a estudar os materiais, cores, pinceladas e técnicas dos grandes mestres do passado.
Por meio do restauro, ele pôde conhecer lindas e únicas obras de arte. Para ele, este trabalho tem dois grandes significados: a recuperação de uma obra de arte e a grande oportunidade de estudar os segredos e as linguagens dos mestres artísticos.
Ele se sente muito orgulhoso de fazer parte de uma geração que conseguiu superar barreiras e pôde redescobrir um imenso patrimônio cultural.
Luca diz que o restauro de afrescos requer um conhecimento amplo das construções antigas. É necessário compreender a técnica de pintura utilizada, ora com pinceladas leves, ora secas e duras. Nada de técnicas novas devem ser inseridas. O restauro de um afresco te coloca em frente a uma obra única e exclusiva. É uma grande viagem ao passado; é a arte fazendo história através das gerações.
Alessandra Gavazzi, decoradora e colunista Arquitecasa