Museu de Arte Moderna da Bahia pode ir parar no mar e ter parte de suas instalações deslocada por causa de uma bolha subaquática.
Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada anteontem revela, de forma alarmante, que a sede do Museu de Arte Moderna da Bahia, o MAM de Salvador, “está ameaçada por uma bolha de ar subaquática, que pode provocar o deslocamento de parte de suas instalações para o mar”. A conclusão é do arquiteto André Vainer, que supervisiona o projeto executivo de reforma e modernização do museu. A diretora do MAM, Solange Farkas, disse à Folha que a ameaça não é eminente, mas, se o projeto não for cumprido, o museu pode correr riscos.
De acordo com o projeto (que custou R$ 700 mil), a reforma total do MAM deve passar de R$ 15 milhões. O dinheiro também pagaria outros débitos da instituição. O prédio do MAM fica em um prédio de quase 300 anos, o Solar do Unhão, que já abrigou um engenho de açúcar no século 18 e uma fábrica de rapé no século 19, antes de se tornar a sede do museu, em 1963. A obra, na época, foi conduzida pela arquiteta Lina Bo Bardi, também responsável pelo Masp, em São Paulo.